segunda-feira, 30 de novembro de 2015
XVII Festival Bertolt Brecht - Cochabamba, Bolívia
Car@s amig@s!
Estamos promovendo duas apresentações do espetáculo Récita para arrecadar fundos para uma viagem à Bolívia na próxima semana, onde participaremos no XVII Festival Bertolt Brecht, em Cochabamba. Em virtude de não termos conseguido apoio institucional para as passagens aéreas, estamos adotando a política de ingresso livre com uma contribuição mínima de $10 para a nossa caixinha de viagem. Venham! Contribuam! Ajudem a divulgar para amig@s!
Até breve!
Serviço:
Blumenau
03/12
FURB/ Campus 1 - Bloco S
20:30h
Entrada livre - com contribuição mínima de $10
Capacidade de público: 80 lugares
Itajaí
05/12
Casa de Cultura Dide Brandão
21h
Entrada livre - com contribuição mínima de $10
Produção: Subjétil
Reserva de ingressos: goncalves.karoline@gmail.com
sexta-feira, 10 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Oficina em Florianópolis :::: O corpo permeável
Dias 25 e 26 de julho de 2015
Das 14h as 18h
R$ 200,00 (para pagamento até dia 20 de julho)/ R$ 250,00 (após o dia 21/07)
Local: Casa Vermelha/ Florianópolis (R. Conselheiro Mafra 590, Centro).
http://www.casavermelha.art.br/
Inscrições: barbara.biscaro@gmail.com
Aberta a cantorxs que desejam trabalhar aspectos cênicos como expressão corporal e atuação ligada à palavra cantada e a atores/atrizes que desejam trabalhar a vocalidade cantada e expressão vocal como poéticas da cena. O intercâmbio entre cantorxs e atores/atrizes na mesma oficina tem como propósito uma vivência interdisciplinar, proporcionando um ambiente com estímulos e olhares diversificados para a expressão da vocalidade na cena. Esta é uma oficina prática que visa desenvolver técnicas corporais e vocais que possam complementar a formação dx performer na cena. O fio condutor são práticas corporais-vocais que ajudem cantorxs e atores/atrizes a perceberem seus padrões de movimento e de voz, com base em técnicas de canto e vocalidade para o ator, jogos vocais-corporais e técnicas corporais que visam a auto-percepção e o desenvolvimento da expressividade em cena. Os exercícios partem das possibilidades individuais de cada performer e seus objetivos, buscando não padronizar os corpos e vozes, mas sim, proporcionar um treinamento em que cada um possa descobrir suas próprias potencialidades e imporem-se desafios técnicos/criativos com intuito de aprimorar sua formação.
terça-feira, 30 de junho de 2015
A Menina Boba em Florianópolis
Depois de uma passagem pelo Festival Giving Voice 13, em Falmouth/UK, o solo volta a Florianópolis dentro do projeto Solidão Compartilhada, uma residência artística com ocupação de espaço com Monica Siedler promovida pelo Estúdio 1700 Horas/ Instituto Meyer Filho. A entrada é franca, porém o espaço é pequeno, portanto corre lá!
Dia 03 de julho
18 horas
Memorial Meyer Filho (Praça XV de Novembro esquina com R. Tiradentes)
Duração 40 minutos
Dia 03 de julho
18 horas
Memorial Meyer Filho (Praça XV de Novembro esquina com R. Tiradentes)
Duração 40 minutos
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Doutorar-se
Meus pais, com muita dificuldade, estudaram.
Meus avós estudaram menos ainda – sou neta de um ferroviário, um sapateiro, uma
balconista de loja de armarinhos e uma costureira. Minha tese foi financiada
com dinheiro público, e por isso, sendo brilhante ou insignificante, é um
patrimônio intelectual do país construído a custa de uma política pública. Sou
a primeira pessoa a me tornar doutora em uma grande e numerosa família, formada
em grande parte de imigrantes italianos pobres e desavisados, chegados por aqui
no início do século XX e misturados pouco a pouco com toda a diversidade étnica
e cultural que o Brasil podia oferecer.
Um título de doutor não melhora nem
engrandece ninguém – apenas aumenta a sua responsabilidade em um país em que,
infelizmente, ainda poucas pessoas podem efetivamente estudar e se sentir
autorizados a construir um discurso sobre o mundo. Eu tive a oportunidade de ir
até um grau de estudos que muitos antes de mim não puderam, e o fazer não pode
ser apenas uma forma de me tornar mais erudita e culta: tem que potencializar
um modo de ver o mundo que deseje estimular a reflexão, o debate e o
aprendizado como uma ação humana e cotidiana para além da instituição ‘escola’
ou ‘universidade’.
Às vezes esquecemos, mas teses e dissertações
são produtos da ação humana. Não são simplesmente um amontoado de conceitos
impressos em um papel que não se relacionam com a vida ao redor. Na verdade
nasceram e são potencializados pela vida ao redor – e xs pesquisadorxs que os
produziram caminham por aí, levando adiante a possibilidade de que a educação
vá fazer algo pela melhoria de nossa qualidade de vida.
A intensa especialização promovida pelos
estudos da pós-graduação, nos quais x pesquisadorx se concentra em áreas
específicas e estuda às vezes assuntos super individualizados não é algo em si
negativo. Mas em alguns casos, pode conduzir a uma cegueira generalizada – ou,
como explica o pesquisador francês Edgar Morin, se tornar um tipo de estudo que
produz uma proporcional quantidade de ignorância (o que sei é muito específico
e o que não sei se torna um vasto e desconhecido universo para fora da minha
lente de aumento).
O doutoramento ou o título de Doutor (com D
maiúsculo) são condições construídas com autoritarismo em nossa cultura: são fatos
associados à ideia de que, uma vez nesse patamar, a pessoa sabe mais do que xs
outrxs e por isso não pode ser questionada. Do Brasil colônia até a República os filhos homens de nobres e grandes fazendeiros (sempre brancos e
heteronormativos) iam para a Europa titular-se Doutores ou Bacharéis e, ao
retornarem, herdavam os meios de produção econômica e intelectual de um vasto
país de “ignorantes”. Ainda chamamos xs médicxs e advogadxs de doutores como
consequência desse pensamento autoritário. Em nossa cultura a figura do Doutor
ainda é aquela pseudo-autoridade vista de forma maniqueísta: de um lado xs que
ainda perpetuam a visão da figura de ser-humano tornado “superior” pela
titulação e do outro lado a visão de uma figura inútil “imbecilizada” e
afastada do mundo “real” pelo processo acadêmico.
Não perpetuar essa visão maniqueísta é a
primeira ação a ser empreendida por quem acredita na educação como via de
construção de um mundo mais justo. As políticas públicas que estão sendo
disseminadas nos programas de bolsas de pós-graduação dão uma nova cara aos
doutorxs e mestres no país. Ainda são majoritariamente brancxs e de uma certa
condição econômica, mas, ao mesmo tempo já somos mulheres e homens, espalhadxs
por todas as regiões do país. Negros, indígenas, mulheres, homossexuais, pobres,
pouco a pouco uma variedade maior de tipos de seres humanos está ganhando a
possibilidade de aprender a pensar e construir um discurso sobre si e sobre o
mundo ao redor avalizados pela academia. Estamos ganhando novas versões da e para a história,
geografia, filosofia, arte, etc. confrontadas por pessoas que cem anos atrás não
poderiam se manifestar enquanto seres pensantes e transformadores da sociedade.
Já produzimos nosso próprio conhecimento
como latino-americanos e ex-colônias que somos, e isso por si já nos
diferencia.
Nesse sentido, a tese é um exercício do
pensar que deve necessariamente se estender à vida. É muito fácil falar de
melhoria na educação do país e jogar a responsabilidade para a educação de
base. Faz-se necessário olhar para o próprio umbigo e perceber que ser umx
pós-graduadx em um país no qual uma criança na escola pública se alfabetiza aos doze ou treze
anos de idade não é apenas uma possibilidade a mais de aumentar o salário ou
fazer aquele concurso bacana e resolver a sua vida financeira. É uma condição
que possibilita agir qualificadamente em diversos campos do conhecimento e do
trabalho para tentar criar um impacto positivo ao redor. A tese não é um fim do
caminho, mas marca apenas o começo – como me foi dito por uma amiga muito
querida quando eu estava terminando.
Em última instância, o conteúdo do
conhecimento produzido em um trabalho de pós-graduação deve se relacionar
intimamente com o modo através do qual ele foi produzido. Porque afinal os
conteúdos se desatualizam, nós mudamos nossas opiniões e o mundo vai mudando de
forma rápida nesses dias.
Sendo mais concreta, aprender a estruturar e dar
vazão às formas de pensar e viver o mundo é a grande herança que uma tese deixa:
o objetivo não é transformar pessoas em enciclopédias humanas, mas talvez
humanizar o conhecimento “duro” das teorias de forma que ele se concretize na
instância cotidiana da vida de cada um. Aprender a conhecer, aprender a
pensar, aprender a disseminar ideias, valores, conceitos, reflexões, práticas
e, sobretudo, aprender a olhar x outrx.
A tese cria um instrumental para se olhar as pessoas e o mundo de forma
humanizada através do conhecimento e não o contrário. Essa seria a
concretização do exercício intelectual como ação profundamente humana, falha e
incrível como todas as outras ações que temos empreendido desde sempre.
sábado, 24 de janeiro de 2015
2015
Atenção, atenção! Récita em Barão Geraldo neste início de fevereiro!
Dias 1, 2 e 3 de fevereiro
Horário: 22h
Local: Espaço Rosa dos Ventos
Dias 1, 2 e 3 de fevereiro
Horário: 22h
Local: Espaço Rosa dos Ventos
Endereço: Morada das Artes - Rua Edna de Barros Sanches, no 80/ Vila Santa Isabel - Barão Geraldo
Telefones para conato: 19 3305 8372 e 98182 4430
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